Inconformada, a Associação do Património de Torres Vedras tem vindo a trabalhar na procura de uma solução. Ela parece ter surgido agora. Um encontro com o Presidente da Junta de S. Pedro e Santiago abriu caminho a uma proposta nossa , em forma de Memorando e de um simples esboço em desenho, que lhe foi entregue há dois dias e que teve o melhor acolhimento. Entretanto a Junta fez as necessárias obras de limpeza e pintura do espaço.
Aqui os deixamos à disposição dos amigos do Património de Torres Vedras:
Esboço para o Centro Interpretativo da Corredoura
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MEMORANDO
IDEIAS PARA UM CENTRO INTERPRETATIVO DA CORREDOURA (CIC)
1. O Chafariz dos Canos (CC), monumento nacional do séc. XIV, único no género em todo o País, não pode ser visto como peça isolada. Tendo sobrevivido à inevitável evolução de tantos séculos, não podemos esquecer que ele fazia parte de um conjunto cujos traços hipotéticos podemos reconstituir para melhor entender a sua importância e funcionalidade. Os estudos sobre a época medieval permitem-nos ter uma ideia aproximada e fundamentada de como se articulavam os espaços públicos urbanos na Baixa Idade Média em Torres Vedras.
2. O CC situava-se junto à entrada da mais movimentada porta da vila – na Corredoura – e é de crer que perto dele se encontravam as lojas ou tendas dos ferradores, dos albardeiros, dos correeiros, dos estalajadeiros…
3. A pequena praça fronteira seria um lugar de bulício e movimento, onde se cruzavam almocreves, aguadeiros, tendeiros, regatães, carregadores, clérigos, mendigos…
4. Torres Vedras tem a sorte de possuir este raro monumento. Mas não basta mostrá-lo na sua imobilidade histórica, como que mumificado pela usura do tempo.
5. É de toda a utilidade e pertinência a criação de um CENTRO INTERPRETATIVO (CI) deste espaço, que permita às novas gerações imaginar como seria a vida na época em que o CC foi construído.
6. A loja fronteira ao CC, onde se pode observar um pequeno troço da muralha medieval de TV, parece-nos o local mais apropriado para a criação do Centro Interpretativo da Corredoura. Para isso a autarquia local deverá assegurar a plena posse desse espaço.
7. O esboço que apresentamos dá uma ideia de como ele se pode organizar. Terá como peças fundamentais um conjunto de painéis informativos e uma maqueta, colocados num piso intermédio – a construir – que funciona também como varandim sobre a muralha.
8. Nesse piso intermédio, a seguir à porta de entrada, poderá ficar um pequeno balcão e algumas prateleiras, que funcionarão como local de recepção e venda de objectos relacionados com o lugar (postais, miniaturas, folhetos, brochuras, recordações…).
9. A presença humana regular poderá ser assegurada no âmbito do Projecto ISA da Câmara Municipal de Torres Vedras (http://www.cm-tvedras.pt/viver/assuntos-sociais/idosos/isa/)
10. A Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras disponibiliza-se para assegurar os conteúdos históricos do CIC, bem como para ministrar Formação e dar apoio ao seu funcionamento.
11. Sugerimos como tempo de execução o resto deste ano 2011 e o ano 2012 até ao dia da cidade, 11 de Novembro, data em que se faria a inauguração.
Apresentado à Junta de Freguesia de S. Pedro e Santiago em
TORRES VEDRAS, 20 JUL 2011
A DIRECÇÃO DA ADDPCTV
eNTÃO E AC CASA DO dR. jAIME uMBELINO......
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