16 agosto 2012

08 agosto 2012

AS OBRAS NA ZONA DA IGREJA DE S. PEDRO





A partir de uma nota no facebook e de uma postagem neste blogue os nossos leitores e amigos deixaram opiniões e comentários interessantes sobre o tema proposto, o que agradecemos. 

Propusemos também um pequeno inquérito sobre se gostavam ou não dos pinos ali colocados.
24 "gostaram muito"; 2 "gostaram, mas deviam ter outra côr"; 27 "não gostaram".
Este tipo de inquérito vale o que vale e não vamos tirar conclusões. Cada um pensará o que entender. Pretendemos apenas provocar reflexão.

Aguardamos o final das obras, tanto as da envolvente da Igreja de S. Pedro como as do largo fronteiro ao Chafariz dos Canos. 
Diga-se, no entanto, que esta Associação não tem uma posição consensual quanto à pertinência e adequação de todas as intervenções realizadas.
Sim, havia ali coisas que necessitavam de reformulação. Caso dos tanques circulares que em má hora uma vereação decidiu mandar construir e que nunca tiveram grande aceitação; e a pequena praça Duque de Wellington, sem dimensão, transformada em acanhado parque de estacionamento, assim como as ruas laterais da Igreja, pejadas de automóveis. No entanto as opiniões não são coincidentes quanto à forma de resolver essas anomalias.

No que respeita aos novos degraus frente à porta axial da Igreja verificamos que muitas opiniões são claramente contrárias, baseadas numa pretensa configuração original que estas obras teriam destruído. Ora isso não é verdade, como se prova pela foto acima, que será dos anos 30/40 do século passado e em que se vê uma plataforma com gradeamento, a qual foi desmontada para alargar a circulação viária. Quanto à forma original, do século XVI, ninguém sabe como seria, não há iconografia que o documente. Com certeza que teria uma configuração apropriada à época e à utilização.
Do mesmo modo, o logradouro das traseiras da Igreja sofreu modificações ao longo dos séculos. Terreiro da Ermida de Nª Srª do Rosário, que já não existe, aqui se correram touros aquando da visita do rei D. João IV em 1652 ( Júlio Vieira, 2ª ed, p. 222). Foi cemitério (J.Vieira, p. 141) até à construção do cemitério de S. João em 1848. Em 1880 ali foi construído o mercado do peixe, como diz Júlio Vieira, a p. 310, o qual ainda existia nos anos 30 do século passado. 

Antigo mercado do peixe, nas traseiras da Igreja de S. Pedro. Demolido aquando da construção do Mercado Municipal, nas primeiras décadas do séc. XX, aqui se abriu a Praça Duque de Wellington que foi parque de estacionamento até há poucos meses.



01 agosto 2012

TRILHO DE DINOSSAUROS?




Em 25 de Maio fizemos uma postagem em que deixámos a interrogação sobre se era mesmo um trilho de dinossauros o que aqui se observava:

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5914245896613010128#editor/target=post;postID=1141999697464810431

Sobre este assunto recebemos o seguinte comentário / esclarecimento, da autoria do Presidente da Direcção da Associação Leonel Trindade - Sociedade de História Natural:

«De facto parece-me tratar-se de bioturbação, muito provavelmente produzidos por crustáceos decápodes (ordem da qual fazem parte os actuais caranguejos e lagostas) e os quais passavam parte do ciclo de vida enterrados no substrato...pena que não sejam pégadas de dinossauros.

Abraço
Bruno C. Silva »



Aqui fica o nosso agradecimento