30 novembro 2013

TORRES VEDRAS ANTIGA


Postal do início do séc. XX: anos 20/30? Em primeiro plano, do lado direito, o cemitério de S. João. Agradecemos à nossa associada Margarida Brilha o envio deste postal.

A propósito de imagens antigas, deixamos aqui a referência a um estudo que acaba de chegar ao nosso conhecimento e que é mais uma contribuição para o conhecimento da História torriense:


MICROANÁLISE DE LONGA DURAÇÃO EM DEMOGRAFIA URBANA
Santa Maria de Torres Vedras entre os séculos XVII e XX

Autores:
                                                                Carlos Guardado da Silva
                                       Maria Norberta Amorim
                                       Paula Correia da Silva

Consultável aqui:





26 novembro 2013

OLHANDO DO ALTO







O Castelo de Torres Vedras e a zona histórica à sua volta, vistos do alto.
Estamos certos de que o autor destas belas fotos não se zanga connosco. Elas podem ser vistas aqui:
http://portugalfotografiaaerea.blogspot.pt/

16 novembro 2013

PESQUISA DE DADOS SOBRE O NOSSO PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO






Por vezes não nos lembramos de que há bases de dados facilmente consultáveis.
É o caso deste site:

http://arqueologia.igespar.pt/index.php?sid=home

Se experimentarmos procurar o que há sobre o CASTRO DO ZAMBUJAL, por exemplo, encontraremos:

http://arqueologia.igespar.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=55518

Ou sobre o Tholos do Barro:

http://arqueologia.igespar.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=55694


Ou Gruta artificial da Ermegeira:

http://arqueologia.igespar.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=47953


Boas pesquisas!

11 novembro 2013

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO CASTELO DE TORRES VEDRAS

Foi hoje aberto ao público, na sala do torreão do castelo.


Torreão: vista exterior Norte


Pormenor da exposição


 Abóbada de nervuras da sala


Outro aspecto da exposição


Recanto com o vídeo


Estelas funerárias provenientes da necrópole adjacente à Igreja de Santa Maria do Castelo



Proposta de reconstituição do Castelo (imagem digitalizada do Folheto de Apoio)

Aquele pequeno espaço foi eficazmente organizado para acolher a exposição permanente com espólio proveniente de escavações e de antigas construções da zona do Castelo. Salienta-se o documentário em vídeo que, de forma extremamente sugestiva, mostra as fases da sua construção.  A partir de aturada investigação que trouxe à luz do dia novos dados e perspectivas de análise, foi possível propor uma releitura do Monumento que o situa como pioneiro da nova forma de construção quinhentista de fortalezas.
O Castelo de Torres Vedras - o mais visitado monumento da cidade - tem, a partir de agora, um excelente guião de leitura.

Para que conste:
Investigação e releitura do Monumento: Drª Isabel de Luna e Carlos Cunha
Desenhos e tratamento gráfico do vídeo: Arq. Jorge Martins
Concepção gráfica da Exposição e Folheto de Apoio: Drª Olga Moreira.

*

Para quem sobe à colina do Castelo há outra novidade: o recinto foi enriquecido com painéis documentais que ajudam o visitante a fazer uma leitura historicamente correcta daquele espaço


Painel junto às cisternas romanas


Outro painel documental, com uma leitura geral do recinto do Castelo

Horário das visitas:

Setembro a Maio: 10H00 às 18H00
Junho a Agosto: 10H00 às 19H00
Entrada gratuita
(informações retiradas do folheto de apoio)

07 novembro 2013

VISITAS GUIADAS AO NOSSO CENTRO HISTÓRICO


Neste mês de Novembro, dias 9, 16 e 17,  a Associação do Património de Torres Vedras tem agendadas três visitas guiadas ao Centro Histórico. São destinadas a visitantes que nos contactaram e que vêm em grupos de cerca de 40 pessoas.

No dia 13 orientaremos uma visita à Igreja da Graça, numa actividade do Clube Sénior, organizada pela Câmara Municipal de Torres Vedras.

Agora, olhemos:




Centro Histórico: a Praça do Município, no início do séc. XX e actualmente. De notar que os pontos de vista dos fotógrafos são opostos. De comum, o edifício dos Paços do Concelho


21 setembro 2013

MATACÃES - IGREJA DE NOSSA SENHORA DA OLIVEIRA e ERMIDA DO SENHOR DO CALVÁRIO





IGREJA DE NOSSA SENHORA DA OLIVEIRA - MATACÃES

De origem quinhentista (ainda se conservam nervuras desta época, numa das dependências), a igreja de Nossa Senhora da Oliveira conserva, na sua estrutura, vários elementos que caracterizaram as diferentes campanhas de obras de que foi alvo, ao longo dos séculos.
Na verdade, são pouco numerosas as informações conhecidas sobre o templo, muito embora as inscrições, e outros elementos decorativos, nos permitam definir, seguramente, duas intervenções arquitectónicas e decorativas. A primeira remonta ao século XVII, época em que a igreja terá sido reedificada. Para além da estrutura, de nave única e capela-mor rectangular, subsistem os azulejos enxaquetados, em tons de branco e azul, que revestem a zona inferior das paredes do corpo (AZEVEDO, FERRÃO, GUSMÃO, 1963, p. 26), note-se que estes azulejos não são mencionados no corpus de azulejaria do século XVII, de Santos SIMÕES, 1997, 2ª ed.). Desta centúria são, também, as lápides sepulcrais do pavimento. 
Mais consensuais parecem ser os trabalhos setecentistas, onde se inclui a renovação da fachada principal e da torre, bem como o revestimento azulejar figurativo do interior e o retábulo-mor, em talha dourada. O frontispício, definido por pilastras nos cunhais, rematados por pináculos, é aberto, ao centro, por um portal de verga curva e por um janelão de iluminação do coro. Destaca-se, neste conjunto, o frontão contracurvado que coroa o alçado, e que apresenta círculos no tímpano e uma cruz ao centro. Num plano ligeiramente recuado, e também com pilastras nos cunhais (rematados por fogaréus), ergue-se a torre sineira, cujos registos seguem o esquema da fachada do templo, rasgando-se, no último, a sineira e terminando o conjunto numa cúpula bolbosa. 



No interior, ganham especial relevância os diversos conjuntos de azulejos. Parecem ser mais antigos os seis painéis da capela-mor, que representam, do lado do Evangelho, a Adoração dos Magos, , os Desponsórios e a Sagrada Família, e do lado oposto, a Anunciação, a Adoração dos Pastores e a Fuga para o Egipto. Têm vindo a ser atribuídos ao pintor conhecido pelas iniciais P.M.P., mas cujo nome permanece por identificar (SIMÕES, 1979, p. 327). Com actividade conhecida na segunda e terceira décadas do século XVIII, P.M.P. poderia ter executado o trabalho da igreja de Nossa Senhora da Oliveira entre os anos de 1725-30 (IDEM). 
Já os azulejos ornamentais que revestem o arco triunfal, e os emblemas marianos que aí encontramos (alusivos às litanias da Virgem), datados de 1736, estão assinados por Bartolomeu Antunes (SIMÕES, 1970, p. 68). Todavia, os mais recentes estudos dedicados a este artista reuniram um conjunto de documentação onde se demonstra que Bartolomeu Antunes não foi pintor de azulejos, e a sua actividade "(...) deve ser entendida como a de um experiente gestor, sobre o qual recaía a responsabilidade geral da empreitada", articulando a encomenda com os pintores com quem habitualmente trabalhava (MANGUCCI, 2003, p. 140). A importância do cargo de mestre ladrilhador do Paço, levou-o a assinar alguns painéis, onde se inclui o da igreja de Matacães. Fica assim, em aberto, a autoria deste conjunto, mas apesar da actividade tradicional de Antunes se iniciar, tradicionalmente, a partir de 1730, é possível que tenha também sido ele a fornecer os azulejos da capela-mor (IDEM, p. 137). 




Retomando as intervenções no templo, o retábulo-mor, de talha barroca, deverá ser contemporâneo da campanha azulejar. Já do final do século XVIII é o conjunto da capela baptismal, com a pia setecentista, a que se acrescentou, posteriormente, um murete em mármore, e o revestimento azulejar de linguagem neoclássica. 
(Rosário Carvalho)


Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto)
Despacho de abertura de 18-05-1998 do Vice-Presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 4-05-1998 da DRLisboa
ZEP
Anúncio n.º 13554/2012, DR, 2.ª série, n.º 198, de 12-10-2012 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 26-09-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 31-05-2012 da DRCLVT


Site do IGESPAR







                                               Igreja vista do Sítio do Senhor do Calvário
Fotos J Moedas Duarte


                                                                                * * *




SÍTIO E ERMIDA DO SENHOR DO CALVÁRIO

O Monte do Senhor do Calvário é um sítio relevante na paisagem física e cultural do concelho de Torres Vedras, dominante sobre o rio Sizandro e o vale de Matacães. Embora se desconheça quando se terá dado a cristianização do local - a actual capela foi reedificada em 1771 -, é de crer que o culto e a romaria associada seja de tradição tardo-medieval, período em que se multiplicaram as devoções.
A ermida foi propriedade da família Trigoso, da Quinta Nova, unida por laços matrimoniais aos Falcão da Quinta do Juncal, permanecendo ainda vinculada a estes. A primeira referência conhecida data de 1632, ano em que foi concedido ao templo licença para nele se celebrar missa. Este dado evidencia que, já nessa altura, a ermida estava construída e era importante o suficiente para justificar possuir missa própria.








A sua actual configuração resulta de uma quase integral reforma, levada a cabo em 1771 por intermédio de D. Francisco Mendo Trigoso, bispo de Viseu, que obteve do Papa Pio VI regalias de altar privilegiado, em 1779, conforme inscrição do lado direito da capela-mor. 





É uma capela quadrangular de modestas proporções, que tem a particularidade de ostentar a cabeceira voltada a poente, e que integra alguns importantes elementos de património integrado: mármores no altar-mor, pia baptismal e lavabo da sacristia; uma imagem tutelar de Cristo Crucificado, data de 1712; brasão de armas do bispo sobre o arco triunfal; azulejaria figurativa dedicada à Paixão de Cristo (na capela) e Santo António (na sacristia, constituindo este o anterior orago do templo) e diverso mobiliário litúrgico.
PAF










































 A Via-Sacra em azulejo embutido na parede é uma solução original




Azulejos da sacristia, com cenas da vida de Santo António





Fotos J Moedas Duarte


Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público
Cronologia
Portaria n.º 232/2013, DR, 2.ª série, n.º 72, de 12-04-2013(ver Portaria)
Procedimento prorrogado até 30 de junho de 2013 pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Anúncio n.º 13544/2012, DR, 2.ª série, n.º 197, de 11-10-2012 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 25-07-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 29-05-2012 da DRCLVTejo para a classificação como SIP
Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30 de Dezembro (ver Despacho)
Despacho de abertura 18-05-1998 do VCice-Presidente do IPPAR
Proposta de 4-05-1998 da DRLisboa para a abertura do processo de classificação da Ermida e Sítio do Senhor Jesus do Calvário
Em 27-10-1997 a CM de Torres Vedras enviou elementos para instrução do processo
Proposta de 18-09-1996 da Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira para a classificação do Sítio do Calvário
ZEP
Portaria n.º 232/2013, DR, 2.ª série, n.º 72, de 12-04-2013(ver Portaria)
Anúncio n.º 13544/2012, DR, 2.ª série, n.º 197, de 11-10-2012 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 25-07-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 29-05-2012 da DRCLVTejo
Zona "non aedificandi"
Portaria n.º 232/2013, DR, 2.ª série, n.º 72, de 12-04-2013
Site do IGESPAR






17 setembro 2013

PORMENORES

... dos painéis de azulejo do Claustro do Convento da Graça de Torres Vedras, alusivos à vida de D. Frei Aleixo de Meneses, que foi prior deste Convento no séc. XVI.

Cenas da vida quotidiana, cheias de movimento e sugestões de sons ( as conversas, o coro a cantar, o marulhar das ondas...).
Há figuras orientais, nos paínéis que relatam a chegada de D. Frei Aleixo de Meneses a Goa.